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Dra. Carmem

O que falar para as crianças antes da primeira visita ao dentista – Odontopediatra

Atualizado: 17 de set. de 2019


Muitas crianças vêm “atoladas”  de informações à respeito do que será sua visita ao odontopediatra.

Chega a ser engraçado, e fico imaginando o que elas conseguem imaginar, do que será esse “evento”. Tenho vontade de desenhar e pintar o cenário para os pais terem uma idéia de como ela deve sentir-se!! Pensando nisso, vou pelo menos tentar expressar em palavras o que encontro.

Tudo o que acontece nessa hora gira em torno da insegurança dos pais do que poderá acontecer na cadeira do dentista. Começando por aí, quanto mais mostramos insegurança, falando muito, dando muitas explicações, prometendo passeios e presentes, mais a criança sentirá que deve ter alguma coisa de errado na situação! Ela se sentirá insegura.

Portanto, os pais precisam saber que a experiência da criança pode ser diferente da experiência dos pais ou adultos. (clique aqui e leia sobre como deve ser uma clínica de odontopediatria)

A vida da criança tem como centro o brincar, tudo para ela é uma festa. Então, porque não manter a leveza, a fantasia e a alegria?


Esse é um bom começo:

”Lá você vai brincar, mostrar seus dentinhos e aprender a cuidar deles. Nossa, estou morrendo de vontade de ver o que essa tia/tio ou essa tal de Dra./Dr. Fulano tem guardado para mostrar para você e ensinar para nós!!” Soando genuinamente feliz, alegre, tranqüila, divertida  e curiosa. E só, isso já basta.

Outro ponto: se essa fala for repetida à exaustão, poderá ter efeito contrário, ou seja, ao invés de tranquilizar, trará preocupação, evidentemente.

Outra sugestão é não fazer promessas desnecessárias, por vários motivos.

Por exemplo:

*Você não precisa prometer que vai entrar junto com a criança na sala. Ela poderá entrar sozinha, dependendo de como for a conversa inicial com a profissional, e assim começar a estabelecer um vínculo de confiança. Caso ela entre sozinha e se arrependa ou deseje eventualmente a presença dos pais, nada impede que a profissional peça que ela entre. Mas a sugestão inicial, mas não padronizada, é que tentemos uma abordagem “solo”.

Quando os pais estão juntos à criança, mal conseguimos muitas vezes realizar o exame clínico!! Quando realizamos o exame inicialmente sem os pais e pedimos para que entrem depois para mostrar aspectos da dentição, conhecemos uma criança completamente diferente.

Agora, se a criança teve experiências anteriores, se tem determinada idade, se tem um temperamento específico, tudo isso precisa ser conversado antes.

É para isso que serve a primeira consulta. Toda conduta já nesse primeiro momento, vai direcionar todo o futuro da criança no consultório. É preciso paciência, é preciso dedicação e muita conversa, para que os pais comecem a sentir a segurança que vão transmitir à criança.

Pensando na natureza infantil, na magia e na fantasia que eles vivem como realidade, estaremos na direção certa.

Todos os monstros e bicho-papão, são por conta dos adultos.

Dra. Carmem Silvia

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