E cá estou eu, pensando em minhas crianças, pacientes que não têm encontrado solução para seus tratamentos dentários e que trazem no “pacote” de suas características, dificuldades no âmbito do viver, que normalmente não são consideradas por ninguém: pelos profissionais por uma questão de formação, de visão individual e pelos pais por não julgarem significativos na obtenção de sucesso no tratamento dentário de seus filhos.
Cabe aqui lembrar, que um tratamento dentário de crianças bem feito, conforme manda o figurino, NÃO é uma questão de pura magia, por isso, temos que nos entender em alguns aspectos.
Toda criança tem características e se nem ela nem os pais estão conseguindo lidar com os desafios de um tratamento dentário, a situação tem que ser encarada de outro modo. Isso é simples. Trata-se de uma mudança de visão, de abrir-se para olhar a situação de outro modo.
O que encontramos de forma geral, mas felizmente não como regra, são famílias que levam vidas de sobrevivência, reagindo sem muita reflexão, à avalanche de compromissos e de responsabilidades com a manutenção do trabalho e do lar. Ou com receio de contrariar seus filhos com medo de traumatizá-los e perder seu amor. E aqui está o ponto.
Caso pense que a vida como você a vive é a única forma, e não há mais nada a ser feito, é melhor então pensar em anestesia geral ou sedação.
SÓ QUE NÃO HÁ INDICAÇÃO DE SEDAÇÃO PARA CRIANÇAS PEQUENAS! E AS MAIS VELHAS, PODEM SER CONDICIONADAS.
Portanto, como encarar os desafios de tratar crianças que receberam diagnóstico do tipo: transtorno de déficit de atenção, déficit global de desenvolvimento, rebeldia quatro cruzes, síndrome da teimosia avassaladora, …?
Dicas de como mudar esse comportamento difícil
Quando a criança passou por várias tentativas frustradas de tratamento dentário, é importante que ela perceba que dessa vez, algo mudou.
E aqui então tem lugar toda a conversa com os pais, para elaborar juntamente com o profissional, o que pode ser transformado para conseguir finalmente tratar dos dentes dessa criança.
Sem dramas, sem culpas, sem pesar. Você não precisa se justificar pelo fato de sua criança ter cárie ou aprontar um berreiro.Você sempre fez tudo o que foi possível.
Mas agora que os ventos da transformação estão soprando, o que poderia ser dito e levado como tema para um bom papo entre o casal?
Um dos pais tenta ordenar e o outro tira a autoridade do primeiro? Um está sobrecarregado de tarefas, e o outro distante? Os pais vivem em desacordo sobre as regras que devem vigorar na família? A família parece uma terra sem leis?
Se vocês estão sendo permissivos, é hora de reavaliar.
Um dos maiores motivos de insucesso de tratamentos dentários em crianças é a falta de comunicação, o que gera dúvidas e desconfiança. Você precisa conversar com o dentista, até poder decidir se confia ou não na experiência dele. Aí, siga suas sugestões de atitudes em casa e no consultório.
Se você está inseguro sobre se vai doer, se a criança irá ficar traumatizada, o profissional tem que passar segurança.
Ele tem que ter certeza do resultado de seu trabalho, das conseqüências de sua proposta.
Na maioria das vezes, a consulta com um dentista que tenha experiência e trate exclusivamente de crianças, trará um grande alento e novas maneiras de encarar a situação.
Só é impossível ser bem sucedido um caso em que os pais estão inseguros com relação à proposta de tratamento, e consequentemente, não são cooperadores .
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Dra Carmem Silvia
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já realizou 6 vezes as idas no consultório, e ainda não resolveu.o canal.
E pode realizar sem anestesia?
Gostaria de saber, quantas vezes, são para realizar um canal em bebes, e a fistula volta?