Escuto e recebo mensagens semelhantes a essa todos os dias.
Leia e veja se não é o seu caso. Esse abaixo, quase padrão:
“Bom dia! Meu filhinho fulaninho danadinho, tem de dois anos e meio a seis anos e está com algumas cáries profundas, chamadas de panela. Há alguns meses, o levamos a um odontopediatra, que chegou a “raspar” as cáries que davam, e colocou uma massinha, curativo. Esperamos alguns dias, sobre orientação do dentista para retornar e usar o motorzinho, só que foi uma experiência traumatizante para ele e para mim.
Sob os olhos do dentista, eu tive que praticamente me deitar na cadeira e segurar meu filho , enquanto a dentista passava o motorzinho e o outro dentista segurava a cabeça dele.
Conclusão: ele não deixou terminar um dente sequer, saiu de lá aos prantos, não quer nem ouvir a palavra dentista e eu saí de lá mais traumatizada que ele e nunca mais voltamos.
Ele precisa tratar dos dentes o quanto antes e não sei o que fazer. Ele não vai deixar tratar! Seria possível tomar anestesia para que ele dormisse??? Ele tem muito medo, está traumatizado!!!Não sei o que fazer… Aguardo resposta!!”
Veja, você não é a única na mesma situação!
Como tratar os dentes de seu filho sem traumas ou medo
Como tudo na vida de uma criança, ela conta com seus pais, ou seja, os únicos responsáveis por decisões que ela ainda não pode tomar. Portanto, os pais precisam ter clareza e decidirem-se pelo que precisa ser feito.
Uma grande questão é como superar emocionalmente a necessidade de contrariar a vontade da criança, tendo a certeza de que ela não vai ficar “traumatizada”. Quanto a isso, é fácil decidir-se pelo melhor para a criança com cáries, pois nenhum pai quer deixar seu filho doente, com dor e dificuldade de alimentar-se, além de outras conseqüências graves.
Então, uma vez conduzido o paciente pelos pais ao consultório de odontopediatria, procede-se a primeira consulta. Sem ela, nada feito, pois ninguém terá coragem de entregar o filho sem saber TODAS AS VARIANTES DO QUE PODE ACONTECER DURANTE UM TRATAMENTO DENTÁRIO DE UMA CRIANÇA.
Só que não temos respostas prontas, pois nenhum profissional pode generalizar uma fórmula de sucesso para tratar de todas as crianças.
Os pais são diferentes, a as crianças também o são. A primeira consulta é o início de uma primeira aproximação entre todas as partes, uma acomodação para que tudo o que precisa ser feito a seguir, seja realizado com confiança e colaboração mútuas.
Duas coisas absolutamente não conseguimos evitar, apenas amenizar: agitação na cadeira e choro. Fatores decisivos nessa hora são o ambiente, postura dos pais e medicações homeopáticas ou antroposóficas, caso os pais queiram.
Quanto aos procedimentos, cada profissional tem uma experiência para fazer com que seja possível realizar um tratamento dentário em bebê ou criança jovem com a maior segurança.
Vale tudo que não provoque dor, mas reforçando: tudo deve ser o mais confortável possível, mas fatalmente vai provocar contrariedade. Algumas crianças, com a aplicação do “kit” completo, (ambiente, orientações seguidas pelos pais e medicações Antroposóficas), conseguem ficar mais tranqüilas, ao longo do tempo, podendo chegar muitas vezes a dormir.
Os tratamentos dentários em odontopediatria, na maioria das vezes, demandam bastante objetividade e decisão de todos. Por isso uma dica é que tudo se torna muito mais fácil com a segurança dos pais.
A partir do momento em que eles têm a visão de que as características da criança se manifestarão também na cadeira do odontopediatra, passamos para as estratégias. Juntos, pais e profissional.
Uma vez que a criança não sinta dor, ela não ficará traumatizada ou com medo.
Do contrário, doente, com baixa resistência, impossibilitada de mastigar e sorrir, aí sim, a lembrança de que seus pais não conseguiram proporcionar dentinhos bonitos para ele na infância, será uma triste recordação.
Que sirva como incentivo!
Veja a seguir algumas sugestões em nosso site sobre Medo de Dentista:
Vídeos:
Doutora Carmem Silvia